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Mulheres
Historicamente, os termos gênero e sexo foram erroneamente usados como sinônimos. Foi somente nos anos 50, a partir
das pesquisas sobre crianças interssexuais realizadas pelo médico norte-americano John Money, do hospital John Hopkins , que se começou a diferenciar esses dois conceitos, atribuindo-se um caráter biológico a sexo (determinado pelo nascimento) e um caráter sociocultural a gênero (determinado pelos valores sociais do meio no qual a pessoa se desenvolve). Essas noções foram introduzidas aos estudos feministas pela historiadora norte-americana Joan Scott, para demonstrar como grande parte das condutas que socialmente se esperam das mulheres (ser boa mãe, dona de casa, delicada, discreta, doce, tímida, etc.) são construções sociais fundadas em valores preconceituosos e não determinantes naturais da sua condição de mulheres.
Desde então, muitos dos estereótipos das mulheres começaram a ser quebrados, embora há ainda muito por fazer, pois os preconceitos continuam fortemente presentes na sociedade, mantendo a sua estrutura hierárquica, na qual os homens se encontram em situação de privilégio.
Exemplo claro disso é a violência de gênero contra a mulher que, apesar dos documentos internacionais aprovados como a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) aprovada em 1979 pela ONU ou a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher ou Convenção de Belém do Pará , aprovada em 1994 pela OEA, ou documentos nacionais como a Lei Maria da Penha, de 2006, continua sendo um flagelo no mundo todo, mostrando a necessidade de mais pesquisas teórico-práticas que possam contribuir a superar esse problema.
A seguir, os arquivos da CEDAW e da Convenção de Belém